Esse é o momento do resgate de um time de rúgbi uruguaio que sofreu um acidente de avião na Cordilheira dos Andes. Somente 16 sobreviventes foram resgatados dos 45 que iam a bordo, setenta e dois dias após o acidente.
Após a morte de treze passageiros na hora do choque e mais três que não resistiram à primeira noite no gelo, os sobreviventes mantiveram a fé de que uma equipe de resgate viria tirá-los daquele inferno. Até que após nove dias ouviram num rádio a notícia de que as buscas haviam sido encerradas. A partir dali, eles estavam por conta própria.
Os que iam resistindo tinham como uma das inimigas a sede, que acabaram driblando com um mecanismo de derreter a neve com o metal das poltronas do avião. Mas o pior desafio foi a fome, contornada por uma decisão radical e corajosa: se alimentar da carne dos companheiros mortos. "Nós passamos dez dias sem comer nada. A idéia de usar os cadáveres foi surgindo como um boato. No começo, alguns se recusaram, mas depois todos comeram. Era isso ou a morte", diz Álvaro Mangino, outro sobrevivente uruguaio ainda vivo, que garante nunca ter sido recriminado pela atitude.
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